quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Carta ao cérebro

Primeiro texto que subo para o blog. Foi escrito no dia 18 de julho de 2005. Não sei bem como classificá-lo, mas posso dizer que foi escrito para uma namorada e que, de uma certa forma, funcionou bem.

Rodrigo Ramthum

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Carta ao cérebro
- com carinho, do seu amigo, “aquele que bombeia sangue” –
obs.: não gosto desse apelido

Não confunda! Oras bolas, um homem não pode se aliar.... Não, aliar fica ruim. Vamos de novo. Bom. Um homem não pode se juntar a outra pessoa? Deus, ficou pior. Um amigo disse que “o pobre junta os pano de bunda, o rico fica noivo e o classe média resolve morar junto”. Pode ser. Mas como eu dizia...

Um homo sapiens tem o direito de se unir a uma “homo sapias”. Em qual sociedade isso não lhe foi garantido? Algumas, melhor evoluídas nestes assuntos matrimoniais, o concederam duplamente. Ou triplamente, por vezes. Porém, poligamia não é aqui discutida; estando de fora, para te agradar, qualquer matéria que não se estenda sob a luz da objetividade e de sua aliada, a lucidez. Então brindemos...

Brindemos as reticências, que me permitem refletir, durante a escrita, sobre o que acontece com nossa pessoa neste momento em que ele se une. Une? Não, muito cristão. Bom mas é algo entre o unir, passando pelo juntar, que não chega a ser uma aliança. Por falar nisso, já temos uma. Mas permitam-me! Quero direito a defesa plena. Cada uma nos custou 3 reais, prontamente derrubados para “duas por 5”, conseguindo, assim, poupar-nos um beija-flor. Fora o desconto, concedido por um suposto chileno, estávamos em uma feira “ripe” atrás de uma tal folha que vovô não fuma. Convenhamos, isso foge ao ortodoxo (não é vc que se diz rebelde?).

Alguns podem dizer coisas do tipo: “na minha terra isso se chama casamento”. Não estariam errados. Tão pouco certos! Bom, se procurar um termo adequado não nos deixou mais esclarecidos do que antes, parto para um outro método. Vou atrás de uma definição. Como, em poucas palavras, definiria o meu/nosso estado atual?

Loucura! Estupidez parcial e comprometedora!! Ausência de bom senso temporária!!! Não, senhor!!!! Seu juízo permanece inalterado, o que não garante o funcionamento pleno, mas põe em pé de igualdade a reflexão sobre esta e outras idéias, espero. Mas que idéia? Eu sei. Ainda não deixei claro o que está se passando. Mas procurarei, nestas últimas linhas, ser mais objetivo; promessa feita no segundo parágrafo e descumprida já no terceiro. Pois bem...

Estou amando, eu acho - não sei bem aplicar uma palavra já tão gasta. Estado de torpor? Bom, quero crer que nosso espírito não sofra de alcoolismo. Acho que estou gostando muito, apesar de também gostar de morangos e nem por isso me casar com um. Eu disse casar? Deus, como é complicado fugir desta palavra. Mais ainda fugir da vontade de estar junto. Seja lá como isto se chama! Um abraço camarada. O problema agora é seu. Se não fui claro, é porque o amor tem razões que até a razão desconhece*.

*desculpe o clichê. Não foi minha intenção ofende-lo

Com respeito, o coração.


Je t'aime, menina

Rodrigo Ramthum

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